terça-feira, 5 de julho de 2016

[Carta de amor] - Ahh!!! Eu poeta!

Ahh!!! Eu poeta!


Escuta-me...

Eu - poeta - amo densamente,
beijo perdidamente,
entrego-me loucamente...

Nada me é pequeno,
pois vejo muito em pouco -
da alegria à amargura,
tudo é encanto ou drama em excesso!

Ser apaixonado - temo a morte livre,
pela simples ausência do viver
e tremo ao amor que não é livre,
- simplesmente -
por medo tolo de sofrer...

A mim - poeta - nada em nada,
permanece no meio,
pois tudo é início ou fim!
Ignoro o Ódio e temo o Amor,
porque ornada de poesia
perpetro a palavra em ilusão,
ou um verso em flor;
porque, somente poeta,
faço do adeus uma saudade,
ou um desejo eterno de morrer.
Passarinho forro - cobiço voar,
pelo simples sonho de ser livre
e rejeito a prisão que não seja
- unicamente -
a dos braços da pessoa amada...
Eu - poeta-sonho - sofro.
Eu - poeta-razão - morro.
Sou completude insana!

Pelo engano de cobiçar o céu
em sua plenitude,
rejeito-o pela metade
e por não dominar a arte
de ser um a dois,
escolho a solitude!
Se nessa busca egoística,
desentendo a flor-mulher
que em mim habita,
por inteiro - despetalo -
mas, ao depois,
sugo a seiva nutriz
da verde cor dos meus olhos
e por inteiro - refloresço -
nos meus poemas...
Perdoa, se penso e te amo!
Perdoa... mas sou poeta!
Com meu amor e carinho,
Sílvia Mota.
 
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 12 de dezembro de 2008 – 15h43
Carta poética enviada

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